
«Carmona Rodrigues não se demite.
Presidente da Câmara de Lisboa faz discurso crítico ao PSD "Não serei o primeiro a abandonar o barco", afirmou esta quinta-feira o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, recusando-se a demitir-se da presidência da edilidade.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, anunciou hoje que pretende permanecer na Câmara de Lisboa, caso seja essa a vontade dos vereadores da maioria social-democrata, contrariando a orientação do líder do PSD. "Não serei eu o primeiro a abandonar o barco, nem permitirei que me atirem pela borda fora", disse o autarca, numa declaração à imprensa nos Paços do Concelho, comparando-se a um comandante de um navio. O líder do PSD, Luís Marques Mendes, defendeu quarta-feira não existirem "condições políticas" para gerir a Câmara de Lisboa "com eficácia" para e anunciou ter solicitado aos vereadores eleitos pelas listas sociais-democratas para renunciarem aos seus mandatos para promover a realização de eleições intercalares. Carmona Rodrigues garantiu hoje que acatará a decisão da maioria dos vereadores. "Se a maioria dos vereadores não quiser ficar, aceito e nada mais poderei fazer. Entendo também que se houver lugar a actualização da vontade popular, deve abranger todos os órgãos autárquicos", disse, defendendo assim a realização de eleições intercalares não só na Câmara de Lisboa, como também na Assembleia Municipal. Esta posição contraria a da líder da distrital do PSD e presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz, que hoje afastou a hipótese de eleições intercalares no órgão a que preside, alegando que este tem legitimidade própria. "Eu não estou agarrado ao poder, estou a honrar um compromisso certo que é isso que se espera dos homens que abraçam a vida pública", disse o autarca, numa declaração em que esteve acompanhado por todos os vereadores social-democratas (sete). O autarca independente eleito pelo PSD lembrou ainda as palavras proferidas na última reunião de câmara, há uma semana, em que afirmou que "aconteça o que acontecer" era seu propósito levar mandato até ao fim. "Sempre defendi a estabilidade e a responsabilidade de todas as forças políticas para garantir as condições de governabilidade e há muitas maneiras de o fazer", sustentou hoje. Duras críticas ao PSD Carmona Rodrigues fez duras críticas ao PSD, ao afirmar não ter sentido o apoio de alguns sectores do partido. "Não senti em muitas ocasiões o apoio de vários sectores do PSD, que com passividade assistiram a muitos dos ataques de que fui alvo, contribuindo com esse insuportável silêncio para a transformação de mentiras em verdades", afirmou. Por outro lado, disse que tem sentido "o apoio e solidariedade" de muitos autarcas do país, tanto do PSD como de outras forças partidárias. "Todos falam na necessidade da renovação da classe política. O certo é que o sistema político-partidário deste país não está preparado para que independentes abracem a vida política e tentam de todas as formas expelir os corpos estranhos", sublinhou. O autarca disse ainda que foi motivado a continuar pelos lisboetas "que na rua continuavam a apoiar e a acreditar". "Sinto-me ferido na minha honra" "Quiseram manchar a minha cara, sinto-me ferido na minha honra. Antes de ser acusado já sofro as consequências de actos que não cometi", declarou. Em relação aos vereadores Fontão de Carvalho e Gabriela Seara, Carmona Rodrigues admitiu que tentou demovê-los de suspenderem funções. "Dois dos meus vereadores na análise crítica da sua consciência optaram por suspender funções. Apoiei-os e manifestei a minha solidariedade. Devo dizer em nome da verdade que os tentei demover, consciente que estava e estou da sua correcção", disse. "Cada eleito é livre, de acordo com a sua consciência e livre vontade, de ficar, suspender ou renunciar. Respeitarei sempre a decisão de todos e de cada um", disse Carmona Rodrigues. O autarca referiu que a comunicação social lembrou quarta-feira os casos mais polémicos deste ano e meio de mandato - Infante Santo, EPUL, Parque Mayer e Marvila - sublinhando que muitos deles transitaram "de mandatos anteriores". Carmona lembra enumera lista de "obras" feitas O presidente enumerou uma série de projectos desenvolvidos neste mandato, como os processos de reabilitação dos bairros Padre Cruz, Boavista e Liberdade, a revisão do Plano Director Municipal, a criação do Quadro de Pessoal de Direito Privado da Câmara, a instalação dos radares para controlo de velocidade, a abertura de novos espaços verdes e desportivos, a reabertura do Teatro Maria Matos e abertura ao trânsito do Túnel do Marquês, entre outras concretizações. Segundo o autarca, "Lisboa progrediu", mas "eventuais erros que foram cometidos não justificam a extrema animosidade e violência das reacções que foram ocorrendo". "Tenho tido uma oposição liderada muitas vezes por comportamentos persecutórios, mentirosos, deturpadores e irresponsáveis, personificados por algumas pessoas e instituições", acusou. O autarca garantiu que não lhe pesa "a responsabilidade da desgovernação", acrescentando que neste processo "tudo foi pretexto para que não se governasse e não se fizesse".»
Retirado Sic Online
O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, anunciou hoje que pretende permanecer na Câmara de Lisboa, caso seja essa a vontade dos vereadores da maioria social-democrata, contrariando a orientação do líder do PSD. "Não serei eu o primeiro a abandonar o barco, nem permitirei que me atirem pela borda fora", disse o autarca, numa declaração à imprensa nos Paços do Concelho, comparando-se a um comandante de um navio. O líder do PSD, Luís Marques Mendes, defendeu quarta-feira não existirem "condições políticas" para gerir a Câmara de Lisboa "com eficácia" para e anunciou ter solicitado aos vereadores eleitos pelas listas sociais-democratas para renunciarem aos seus mandatos para promover a realização de eleições intercalares. Carmona Rodrigues garantiu hoje que acatará a decisão da maioria dos vereadores. "Se a maioria dos vereadores não quiser ficar, aceito e nada mais poderei fazer. Entendo também que se houver lugar a actualização da vontade popular, deve abranger todos os órgãos autárquicos", disse, defendendo assim a realização de eleições intercalares não só na Câmara de Lisboa, como também na Assembleia Municipal. Esta posição contraria a da líder da distrital do PSD e presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz, que hoje afastou a hipótese de eleições intercalares no órgão a que preside, alegando que este tem legitimidade própria. "Eu não estou agarrado ao poder, estou a honrar um compromisso certo que é isso que se espera dos homens que abraçam a vida pública", disse o autarca, numa declaração em que esteve acompanhado por todos os vereadores social-democratas (sete). O autarca independente eleito pelo PSD lembrou ainda as palavras proferidas na última reunião de câmara, há uma semana, em que afirmou que "aconteça o que acontecer" era seu propósito levar mandato até ao fim. "Sempre defendi a estabilidade e a responsabilidade de todas as forças políticas para garantir as condições de governabilidade e há muitas maneiras de o fazer", sustentou hoje. Duras críticas ao PSD Carmona Rodrigues fez duras críticas ao PSD, ao afirmar não ter sentido o apoio de alguns sectores do partido. "Não senti em muitas ocasiões o apoio de vários sectores do PSD, que com passividade assistiram a muitos dos ataques de que fui alvo, contribuindo com esse insuportável silêncio para a transformação de mentiras em verdades", afirmou. Por outro lado, disse que tem sentido "o apoio e solidariedade" de muitos autarcas do país, tanto do PSD como de outras forças partidárias. "Todos falam na necessidade da renovação da classe política. O certo é que o sistema político-partidário deste país não está preparado para que independentes abracem a vida política e tentam de todas as formas expelir os corpos estranhos", sublinhou. O autarca disse ainda que foi motivado a continuar pelos lisboetas "que na rua continuavam a apoiar e a acreditar". "Sinto-me ferido na minha honra" "Quiseram manchar a minha cara, sinto-me ferido na minha honra. Antes de ser acusado já sofro as consequências de actos que não cometi", declarou. Em relação aos vereadores Fontão de Carvalho e Gabriela Seara, Carmona Rodrigues admitiu que tentou demovê-los de suspenderem funções. "Dois dos meus vereadores na análise crítica da sua consciência optaram por suspender funções. Apoiei-os e manifestei a minha solidariedade. Devo dizer em nome da verdade que os tentei demover, consciente que estava e estou da sua correcção", disse. "Cada eleito é livre, de acordo com a sua consciência e livre vontade, de ficar, suspender ou renunciar. Respeitarei sempre a decisão de todos e de cada um", disse Carmona Rodrigues. O autarca referiu que a comunicação social lembrou quarta-feira os casos mais polémicos deste ano e meio de mandato - Infante Santo, EPUL, Parque Mayer e Marvila - sublinhando que muitos deles transitaram "de mandatos anteriores". Carmona lembra enumera lista de "obras" feitas O presidente enumerou uma série de projectos desenvolvidos neste mandato, como os processos de reabilitação dos bairros Padre Cruz, Boavista e Liberdade, a revisão do Plano Director Municipal, a criação do Quadro de Pessoal de Direito Privado da Câmara, a instalação dos radares para controlo de velocidade, a abertura de novos espaços verdes e desportivos, a reabertura do Teatro Maria Matos e abertura ao trânsito do Túnel do Marquês, entre outras concretizações. Segundo o autarca, "Lisboa progrediu", mas "eventuais erros que foram cometidos não justificam a extrema animosidade e violência das reacções que foram ocorrendo". "Tenho tido uma oposição liderada muitas vezes por comportamentos persecutórios, mentirosos, deturpadores e irresponsáveis, personificados por algumas pessoas e instituições", acusou. O autarca garantiu que não lhe pesa "a responsabilidade da desgovernação", acrescentando que neste processo "tudo foi pretexto para que não se governasse e não se fizesse".»
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